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Lula e Trump: Brasil e EUA dão “passo concreto” por acordo, mas destino do Tarifaço segue incerto

Delegações de Lula e Trump se reúnem na Malásia para discutir sobretaxas de 50% a produtos brasileiros. Lula fala em “química positiva” e acordo em semanas; Trump adota cautela: “vamos ver”.

Lula e Trump: Brasil e EUA dão "passo concreto" por acordo, mas destino do Tarifaço segue incerto
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O Xadrez de Kuala Lumpur: Otimismo de Lula X Cautela de Trump

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), se reuniram neste domingo (26) em Kuala Lumpur, Malásia, para dar o pontapé inicial nas negociações sobre o “tarifaço” imposto por Washington a produtos brasileiros. O encontro de 50 minutos foi classificado como “franco e construtivo” por Brasília, mas terminou sem a suspensão imediata das taxas de até 50% sobre as exportações nacionais.

As Primeiras Reações dos Líderes: Lula e Trump

A tônica do encontro foi o otimismo cauteloso.

  • Lula (Otimista): O presidente brasileiro se mostrou “convencido” de que as negociações bilaterais evoluirão rapidamente. Em coletiva, Lula destacou a “química positiva” com o americano e a convicção de que “logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil”. Ele também ressaltou que a delegação brasileira apresentou um documento provando que os EUA possuem um superávit comercial de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos.
  • Trump (Cauteloso): O líder republicano, por sua vez, foi mais reservado. Questionado por jornalistas, Trump elogiou Lula (“vigoroso”) e o encontro, mas adotou a cautela: “Tivemos uma boa reunião. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fazer um acordo.”

A diferença de postura foi interpretada pelo ex-chanceler brasileiro como um jogo de cintura de Lula. “Lula agiu com frieza com Trump, como jogador de pôquer”, disse a fonte, indicando que o brasileiro não cedeu à pressão e manteve a linha dura na defesa dos interesses nacionais.

Pressão Empresarial e o Papel da JBS

O pano de fundo da reunião é a sobretaxa que atinge setores cruciais da economia brasileira. O envolvimento de grandes players do agronegócio foi fundamental para abrir o diálogo.

Executivos de alto nível, incluindo o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, manifestaram otimismo. A JBS, que tem uma operação relevante e 70 mil funcionários nos Estados Unidos, fez uma diplomacia empresarial ativa para pressionar pela suspensão das tarifas. A empresa, embora tenha diversificação que minimiza o impacto, vê a suspensão como um impulso para todo o setor de carnes.

Próximos Passos das Delegações de Lula e Trump

A reunião presidencial serviu para destravar as conversas técnicas.

As delegações, lideradas por Marco Rubio (Secretário de Estado) e Jamieson Greer (Representante Comercial) pelos EUA, e o chanceler brasileiro Mauro Vieira, iniciaram os encontros técnicos nesta segunda-feira (27), em Kuala Lumpur. Há um cronograma de reuniões acordado, com a próxima etapa prevista para Washington nas próximas semanas.

O foco do Brasil é pressionar pela suspensão imediata das tarifas para que as negociações “comecem do patamar zero”, garantindo maior competitividade às exportações.

Conclusão

O encontro Lula-Trump, embora não tenha resolvido o tarifaço de imediato, estabeleceu um canal de negociação que a indústria ansiava. O pragmatismo econômico parece ter superado as diferenças ideológicas, mas a cautela de Trump sinaliza que o caminho para o acordo será árduo e político.

Qual é a sua análise? Lula conseguirá fazer Trump recuar do tarifaço ou a pressão da JBS e dos empresários americanos será insuficiente? Deixe seu comentário e use a hashtag #AcordoTarifaço!

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