Autor da comissão no Senado critica ausência de plano do RJ após megaoperação, enquanto relator cotado foca em corrupção e facções, em meio a nova gafe do parlamentar.

Brasília, 1º de novembro de 2025 – A recém-aprovada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o crime organizado no Senado Federal já nasce em meio a alta tensão e controvérsias. O senador Marcos do Val (Podemos-ES), autor da proposta, e os primeiros movimentos dos parlamentares que devem conduzir o colegiado indicam um embate direto tanto com governos estaduais quanto com o Ministério da Justiça.
Em manifestação recente, Marcos do Val direcionou suas críticas ao governo do Rio de Janeiro após a megaoperação policial que resultou em mais de uma centena de mortes. O senador cobrou um planejamento estratégico mais claro. “Falta o RJ dizer qual será o próximo passo após a operação“, afirmou Do Val, indicando que a letalidade da ação, por si só, não representa uma solução de longo prazo para a segurança pública.
Paralelamente, o senador se tornou alvo de novos questionamentos por seus próprios colegas. O episódio, classificado como “a mais nova trapalhada de Marcos do Val no Senado“, refere-se a informações confusas e declarações desarticuladas sobre a composição e os objetivos iniciais da CPI. Tais fatos reacendem a discussão sobre sua capacidade de articulação para o avanço dos trabalhos da comissão.
Apesar das turbulências, o senador cotado para assumir a relatoria da CPI definiu um escopo ambicioso para os trabalhos. Ele declarou que o colegiado irá mirar “no colarinho branco e no crime de rua“, sinalizando que a investigação não se restringirá às operações de facções, mas incluirá a análise das redes de corrupção e lavagem de dinheiro que financiam o crime organizado. O futuro relator também teceu críticas diretas ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sugerindo que a pasta federal tem sido omissa na coordenação de uma estratégia nacional eficaz contra o avanço das grandes facções que operam em todo o país.
A expectativa é que, superados os impasses iniciais, a CPI comece a convocar autoridades e promover diligências focadas em mapear e desarticular as estruturas financeiras e operacionais das maiores organizações criminosas do país.
Os primeiros dias da CPI do Crime Organizado prometem ser intensos, marcados por confrontos políticos e a urgência de respostas para a crise de segurança. A efetividade da comissão, no entanto, dependerá da capacidade dos senadores de manter o foco nas investigações, superando as polêmicas de bastidores.
Acompanhe de perto as novidades da CPI e o desenrolar das investigações! Qual a sua expectativa para o trabalho desta comissão? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate!