Redações independentes e veículos digitais da cidade começam a usar IA para acelerar apuração e redação de notícias

Guarapari (ES), 6 de novembro de 2025 — Em um movimento inédito no Espírito Santo, jornalistas e comunicadores de Guarapari estão adotando ferramentas de inteligência artificial para otimizar a produção de conteúdo jornalístico. A iniciativa, que começou com pequenos portais locais como o Guarapari Agora e o ES em Foco, já demonstra impactos positivos na agilidade das publicações e na qualidade da apuração.
Segundo a jornalista Larissa Monteiro, editora-chefe do Guarapari Agora, a IA tem sido usada para gerar pautas com base em tendências de busca, resumir entrevistas e até sugerir títulos mais atrativos. “Não se trata de substituir o jornalista, mas de ampliar nossa capacidade de cobertura. Com a IA, conseguimos publicar mais rápido e com mais profundidade”, afirma.
Ferramentas utilizadas
Entre as ferramentas mais populares estão:
- ChatGPT: usado para rascunhos de matérias, simulações de entrevistas e revisão de estilo
- Jasper AI: focado em storytelling e criação de conteúdo envolvente
- Wordtune: para reescrita e aprimoramento de textos
- Copy.ai: ideal para chamadas e resumos rápidos
A startup capixaba NotíciaTech, incubada na UFES, também lançou uma plataforma própria que integra IA com dados locais, permitindo que jornalistas cruzem informações de órgãos públicos com alertas em tempo real.
Ética e responsabilidade
A Associação de Jornalismo Digital do Espírito Santo (AJDES) está acompanhando de perto o avanço da tecnologia nas redações. Em nota oficial, a entidade reforçou a importância de manter os princípios éticos do jornalismo, como verificação de fatos e transparência sobre o uso de IA.
“É fundamental que o público saiba quando um conteúdo foi gerado ou assistido por inteligência artificial. A credibilidade da imprensa depende disso”, declarou Rafael Tavares, presidente da AJDES.
Impacto na audiência
Dados preliminares mostram que os portais que adotaram IA tiveram um aumento de 35% na frequência de publicações e 22% no engajamento nas redes sociais. Moradores de Guarapari, como a estudante Bruna Silva, aprovam a mudança: “As notícias estão mais rápidas e completas. Dá pra acompanhar tudo sem sair de casa.”
Conclusão
A adoção da inteligência artificial no jornalismo de Guarapari representa um avanço significativo na forma como a informação é produzida e distribuída. Embora ainda existam desafios éticos e técnicos, o potencial de transformação é evidente. A cidade se posiciona como um laboratório vivo de inovação jornalística, onde tradição e tecnologia começam a caminhar lado a lado.
E você, leitor: confiaria em uma notícia escrita por uma inteligência artificial? Ou ainda prefere o olhar humano por trás da manchete?