Wi-Fi 7 oferece velocidade e estabilidade sem precedentes, mas enfrenta desafios como alto custo, infraestrutura limitada e adoção lenta no Brasil. A sociedade brasileira vê a tecnologia com entusiasmo, mas também com cautela.

O Wi-Fi 7, lançado oficialmente na CES 2024, representa um salto tecnológico em conectividade sem fio. Com velocidades que podem ultrapassar 46 Gbps, latência ultrabaixa e suporte a múltiplas bandas simultâneas, ele promete revolucionar o uso da internet em residências, empresas e espaços públicos. No entanto, sua implantação no Brasil ainda enfrenta barreiras significativas.
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Principais vantagens do Wi-Fi 7
- Velocidade extrema: Até 4 vezes mais rápido que o Wi-Fi 6, ideal para streaming em 8K, jogos online e realidade aumentada.
- Multi-Link Operation (MLO): Conexão simultânea em múltiplas bandas (2.4 GHz, 5 GHz e 6 GHz), garantindo maior estabilidade.
- Baixa latência: Resposta quase instantânea, essencial para aplicações em tempo real como videoconferências e automação industrial.
- Alta densidade de dispositivos: Suporta dezenas de conexões simultâneas sem perda de desempenho.
- Eficiência energética: Reduz o consumo de bateria em dispositivos móveis e IoT.
Desvantagens e desafios no Brasil
- Alto custo de equipamentos: Roteadores compatíveis com Wi-Fi 7 ainda são caros, com preços acima de R$ 2.000.
- Infraestrutura limitada: Muitas regiões do Brasil ainda não têm suporte adequado para redes de alta frequência, especialmente a banda de 6 GHz.
- Adoção lenta: O Wi-Fi 6 ainda não se popularizou completamente, o que pode atrasar a transição para o Wi-Fi 7.
- Compatibilidade restrita: Poucos dispositivos no mercado brasileiro são compatíveis com a nova tecnologia.
- Regulamentação e certificação: A comercialização de aparelhos que operam em frequências de rádio exige aprovação da Anatel, o que pode atrasar lançamentos.
Opinião da sociedade brasileira
Segundo especialistas e usuários entrevistados por veículos como TecMundo e Canaltech:
- Consumidores entusiastas de tecnologia veem o Wi-Fi 7 como uma evolução necessária, especialmente para casas inteligentes e gamers.
- Usuários comuns demonstram interesse, mas consideram o custo proibitivo e esperam maior acessibilidade nos próximos anos.
- Empresas de telecomunicações avaliam que a tecnologia será essencial para suportar o crescimento da demanda por banda larga, mas alertam para a necessidade de investimentos em infraestrutura.
- Especialistas em redes apontam que o Wi-Fi 7 pode transformar setores como educação, saúde e indústria, desde que haja políticas públicas de inclusão digital.
Conclusão
O Wi-Fi 7 é uma tecnologia promissora que pode redefinir a forma como brasileiros se conectam à internet. No entanto, sua adoção depende de fatores econômicos, regulatórios e estruturais. A sociedade brasileira acompanha com expectativa, mas também com realismo, os próximos passos dessa revolução digital.
Fontes: TecMundo, Tele.Síntese e Canaltech